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Dopamina e o Uso de Telas por Crianças

  • Foto do escritor: Nilma Lima
    Nilma Lima
  • 26 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura



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A dopamina, um neurotransmissor importante no cérebro, desempenha um papel fundamental no sistema de recompensa, motivação e prazer. Quando realizamos atividades prazerosas, como comer, praticar esportes ou interagir socialmente, o cérebro libera dopamina, o que nos faz sentir bem e nos incentiva a repetir essas atividades. No entanto, o uso excessivo de telas, como celulares, tablets e computadores, especialmente por crianças, também está relacionado à liberação de dopamina, o que pode ter consequências significativas para o desenvolvimento infantil.


O uso excessivo de telas pode levar ao desenvolvimento de uma dependência digital nas crianças. Atividades como jogar videogames, assistir a vídeos ou interagir nas redes sociais proporcionam recompensas instantâneas e estímulos visuais que desencadeiam a liberação de dopamina, criando um ciclo de busca constante por essas sensações prazerosas. Como resultado, as crianças podem começar a preferir atividades digitais em detrimento de interações reais, atividades ao ar livre e outras experiências enriquecedoras, o que pode prejudicar seu desenvolvimento social e emocional.


Além disso, o excesso de estímulos rápidos e constantes proporcionados por jogos e aplicativos pode dificultar a concentração das crianças em tarefas que exigem mais esforço mental e que não oferecem recompensas imediatas. Isso pode afetar negativamente o desempenho escolar e a capacidade de focar em atividades mais complexas. A exposição prolongada às telas também está associada a alterações no humor, como irritabilidade, ansiedade e até depressão, especialmente quando as crianças não estão envolvidas em atividades que liberam dopamina.


Outro aspecto preocupante do uso excessivo de telas é a interferência na qualidade do sono. A luz azul emitida pelos dispositivos pode suprimir a produção de melatonina, o hormônio do sono, dificultando o adormecimento e prejudicando o descanso adequado. Além disso, o tempo gasto em frente às telas é frequentemente tempo que não é gasto em atividades físicas, o que pode levar a problemas de saúde física, como obesidade, e impactar negativamente o desenvolvimento motor e a saúde mental das crianças.


Portanto, é essencial que os pais e cuidadores monitorem e regulem o tempo de tela das crianças, incentivando um equilíbrio saudável entre o uso de dispositivos eletrônicos e outras atividades importantes para o desenvolvimento infantil. Estabelecer limites claros, promover um ambiente que valorize o aprendizado e o lazer longe das telas, e ensinar as crianças sobre o uso consciente da tecnologia são passos fundamentais para evitar as consequências negativas associadas ao uso excessivo de dispositivos digitais.

 
 
 

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